Farmácias populares: pacientes sofrem com a falta de medicamentos nos postos

03/11/2011 17:50
Por Rosana Cristina e Sabrina Nunes
 
Já não é de hoje a dificuldade da população em retirar medicamentos ou fraldas em farmácias populares do Rio de Janeiro.  Em julho deste ano, já eram registrados casos em posto na Pavuna, subúrbio do Rio, como mostra o vídeo postado por um internauta.
 
A proposta do programa, do Governo do Estado, com nova gestão desde abril de 2009, era oferecer medicamentos a baixo custo para a população com idades a partir de 60 anos e pessoas com deficiência. Na lista, deveriam ser encontrados medicamentos para doenças cardíacas, pressão alta, colesterol, infecção, inflamação, osteoporose, entre outras enfermidades e, inclusive, fraldas geriátricas. No entanto, de acordo com o site do O Dia Online, em nenhuma das unidades vistoriadas por eles, no último dia 25/10/2011, havia fraldas geriátricas tamanho G.
 
Marinete dos Santos, diarista de 57 anos, sente fortes dores nas pernas por causa da osteoporose, mas desde o início de outubro não consegue pegar o medicamento no posto de Nova Iguaçu. “Venho tentando pegar o remédio dede o dia 03 de outubro, vou umas duas vezes por semana lá no posto, mas não consigo”, declara.
O problema também se repete em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município do Rio.  Pacientes de Campo Grande também sofrem com a falta de remédios na farmácia do posto.  Remédios como cloridato de fluoxetina, para uso no tratamento de depressão, não são encontrados, apesar de ser item obrigatório na lista do Ministério da Saúde.
 
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde “o fornecedor atrasou a entrega do remédio” e que a situação será normalizada até o fim do mês. Resta saber de que ano.
 
No site da Secretaria Estadual de Saúde, a lista de medicamentos está desatualizada. A data é de quase um ano atrás, 19 de Novembro de 2010. Até o fechamento desta publicação, a Secretaria Estadual de Saúde não se posicionou sobre o assunto.