Como se manter seguro na internet

24/10/2011 03:45
Por Ana Cristina e Roberta Lima

 

No último dia 13, o blog do Planalto Central foi invadido por hackers. Em protesto contra a corrupção e em apoio a Lei da Ficha Limpa. Na página, foram colocadas frases e fotos exigindo também o voto aberto no Congresso. O acesso foi restabelecido na manhã do dia seguinte. O portal tem como objetivo principal informar aos leitores agenda diária da presidente Dilma Rousseff.

 

A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social mantém o, divulgou nota informando que mantém a investigação através do rastreamento dos servidores. Este ataque só vem a aumentar as estatísticas de invasão a sites de órgãos públicos. Segundo o Serviço Federal de Processamento de Dados, o Serpro, desde junho deste ano mais de 200 páginas de órgãos públicos foram invadidas, sendo 20 somente do Governo Federal.

 

O grande questionamento em meio a tudo isso é saber como sites governamentais, que detêm dados sigilosos são tão vulneráveis a ataques cibernéticos. As informações do povo estão realmente seguras? E a população, o que pode fazer para se prevenir de tais ataques? Segundo Bruno Costa Leite, especialista em Tecnologia da Informação, este tipo de ataque acontece freqüentemente e nós quase não percebemos. “Há um trabalho muito grande em relação a este tipo de guerra chamada de cibernética. Existem muitos órgãos trabalhando em prol da defesa desses sites, a vulnerabilidade existe e sempre existirá até mesmo porque não há cem por cento de segurança em nada”, explica o tecnólogo.

 

Para entrar no campo e travar esta verdadeira guerra, os sites precisam se valer de armas essenciais como a criptologia e a criptografia de seus dados. Quanto mais eficazes forem estas áreas, maior será a segurança contra invasores. Um exemplo claro do que estamos falando é o portal da Marinha do Brasil, que possui seu próprio sistema de defesa.

 

De acordo com informações da área de tecnologia da Marinha, a proteção atual resulta de um longo processo que prioriza a segurança em todos os aspectos. Neste caso, a Diretoria de Comunicações e Tecnologia de Informação (DCTIM) vem implantando uma robusta infra-estrutura de contra medidas à guerra cibernética. A Marinha ainda informou que por essas razões se houveram tentativas elas foram mitigadas com sucesso.

 

“Creio que a Marinha esteja muito bem assessorada na área de criptologia e criptografia, que são áreas distintas, mas muito bem desenvolvidas, apesar de ser um órgão governamental. Constantemente, órgãos governamentais sofrem ataques de hackers e dificilmente são divulgados até mesmo para não mostrar a vulnerabilidade desses sistemas”, afirma Bruno.

 

A ameaça hacker também atinge o usuário comum. A prevenção pode começar com atitudes simples como, por exemplo, a criação de uma senha segura. Os especialistas aconselham senhas um pouco mais difíceis e bem pessoais e que estas senhas sejam guardadas em local seguro. Emails também são usados como armadilhas, portanto evite abrir arquivos em anexos ou links de contatos desconhecidos, e tenha sempre muito cuidado com emails de bancos e computadores públicos ou de terceiros. A atenção é primordial para garantir sua segurança na web. O internauta deve estar sempre ligado aos sites que freqüenta e evitar acessar páginas de procedência desconhecida ou com conteúdo suspeito. Importante também é a escolha de um bom software antivírus.

 

A proteção no mundo virtual pode ser um pouco trabalhosa, mas é importante para evitar grandes problemas como perda de arquivos, equipamentos danificados e movimentação financeira indevida.  Esteja sempre atento à essas dicas.