Redes sociais pautam comportamento dos jovens

17/11/2011 17:06
Por Carolina Souza e Domenica Andrade
 
A tecnologia trazida pela modernidade está em constante mudança. Hoje podemos dizer, que as novidades tecnológicas não acontecem mais de dez em dez anos, mas sim, de três em três. Devido ao “boom” da internet no final do anos 90, jovens e redes sociais são praticamente sinônimos. É difícil encontrar algum com acesso à internet que não use Orkut, Facebook ou Twitter, por exemplo.
 
Toda essa interatividade é marcada por ser positiva e negativa ao mesmo tempo. Positivamente, temos o livre acesso a informações, a enorme quantidade de notícias disponíveis e as diversas fontes de pesquisa. Negativamente, temos uma lista quase infinita de itens. A rede abre a possibilidade de uma exposição demasiadamente grande, e esse tipo de comportamento abre brechas de segurança e expõe a vida das pessoas de forma desnecessária.
 
Ter notoriedade no meio da multidão é uma das explicações do grande sucesso das mídias sociais. Antes, ter status social significava colocar uma roupa da moda, hoje, é estar em blogs, redes sociais ou sites de vídeo. Hoje, não mais conversamos ao telefone, nós falamos à vontade em nossos planos “ilimitados”. Não entramos na internet, acessamos a rede em segundos, de onde quisermos, na hora que desejarmos. Não nos encontramos com os amigos, nós os adicionamos, os curtimos e os seguimos 24 horas por dia.
O Brasil está entre os 10 países que mais utilizam as redes sociais. Pesquisas recentes apontam que 87% dos brasileiros utilizam a internet e possuem perfis em sites de relacionamento, mas apenas 33% utilizam essas ferramentas para realizar contatos profissionais, o famoso networking. Por outro lado, os jovens podem apresentar mais sintomas de depressão e ansiedade e acabam estudando menos horas em média do que aqueles que não usam as redes. A exposição constante às mídias digitais está mudando a forma como o jovem pensa. A mesma rede utilizada para pesquisas e bate-papos, também traz solidão e isolamento social.
 
Por causa do uso excessivo de computadores e de outros aparelhos digitais, nosso cérebro é alterado e estamos nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente distraídos. Essas novas gerações, educadas sob a influência das mídias digitais, são formadas por narcisistas que não estão preparados para pensar de forma profunda sobre qualquer assunto. Hoje, não lemos uma página necessariamente da esquerda para a direita e de cima para baixo. Pulamos de uma palavra para outra, atrás de informação que julgamos pertinente.
 
Será que a maioria de nós está desaprendendo a viver em sociedade? Será que estamos sofrendo tanto para sermos aceitos, que inventamos outras personalidades? Estamos vivendo cada vez mais isolados em nossos mundos? Será? Por enquanto, sobram os questionamentos.