A insegurança nos estádios

17/11/2011 03:28
Por Fernanda Santana, Leonardo Cunha e Mauricio Kopke
 
A rivalidade entre torcidas organizadas faz com que muitas famílias prefiram assistir aos jogos pela televisão. A segurança nos estádios de futebol é uma grande pedra no sapato da organização da Copa do Mundo de 2014, que será realizada em várias capitais brasileiras e, ainda, dos cariocas que presenciam todos os anos verdadeiras guerras entre suas maiores torcidas.
 
O histórico de violência dentro e fora dos estádios é relativamente alto e a quantidade de pessoas envolvidas é muito grande, dificultando, inclusive, o trabalho da polícia e ferindo, ou até matando, pessoas inocentes. A violência nos estádios traz um verdadeiro retrocesso no que já foi chamado de futebol-arte.
 

 
Para muitos especialistas, o maior problema da segurança está na falta de infraestrutura, como um todo, ingressos falsos, número insuficiente de catracas e falta de estacionamento, estão entre as maiores queixas. E não se pode falar em violência no futebol sem mencionar uma das suas formas mais cruéis, presente tanto no campo quanto nas arquibancadas: o racismo, que existe desde os primórdios do futebol, quando somente brancos e ricos aristocratas podiam praticar esse esporte.
 
O Delegado Ricardo Botelho, responsável por organizar a segurança da Copa, diz que do ponto de vista da segurança, a melhor final da Copa seria um jogo inexpressivo. “Estou rezando para que seja Zimbábue e Zâmbia, em Manaus e chovendo”, afirmou. Para ele, uma das soluções seria a aquisição de novos equipamentos de segurança.
 
O que as autoridades podem fazer para diminuir os tumultos e brigas no entorno do estádio? Por que a sociedade tem de privar-se de segurança e pagar pela segurança nos estádios? Já que os estádios são bens particulares. E se o contribuinte paga, porque não tem esse retorno?De quem é a responsabilidade de coibir os atos de vandalismo? O Brasil está preparado para receber um grande evento como a Copa de 2014?